segunda-feira, 28 de maio de 2007

Iniciando a Pesquisa em Cruz das Almas

Introdução
Já iniciamos nossas pesquisas, porém sem grandes resultados. Não foram encontrados registros em nenhuma as escolas visitadas. Fizemos uma visita na Prefeitura e também não tivemos maiores informações. Diante disso, projetamos alguns novos passos para tentar solucionar nossa problemática.
Etapas
1 Procurar professores já aposentados na área;
2 Localizar as pessoas mais antigas da cidade que poderiam ter sido tanto professores quanto alunos de épocas anteriores;
3 Visitar a Secretaria de Educação e academias de ginástica.
Conclusão
De acordo com a espécie de documentação que venhamos obter contato no decorrer da pesquisa, teremos determinadas perspectivas acerca de como acontecia e como era vivida pela população a prática da Educação Física.
Discentes: Maria Elisabete Coelho da Rocha.
Silvana de Oliveira Fernandes.
Myrna Conto Ramos.
Camila Freitas.

Panorama e Plano Geral da Pesquisa Sobre a História da Educação Física em Cruz das Almas

Introdução

A história da educação física em Cruz das Almas, possui aspectos complexos por não existir nenhuma espécie de registro em isntituições competentes, tais como: Arquivo Público, Prefeitura, Secretaria de Educação, Secretaria de Esporte, Secretaria de Cultura. A falta desse tipo de fonte dificulta um levantamento mais breve de nossa pesquisa e a partir desse obstáculo passamos a buscar outros tipos de fonte e a adotar outros métodos para fundamentar nossa pesquisa. Para tanto, formulamos os passos básicos por onde teremos de partir e caminhar para que assim possamos idealizar a realização deste trabalho sobre a História da Educação Física em Cruz das Almas.
Etapas
1 Busca de vestígios ou documentações em arquivos e instituições escolares;
2 Entrevistar sujeitos que praticavam atividades físicas escolares na época;
3 Localizar antigos professores de educação física ou de outras áreas;
4 Localizar antigos alunos das escolas públicas e particulares da cidade;
5 Coletar informações nos arquivos e com antigos oficiais do Tiro de Guerra.
Conclusão
Seguindo essas etapas esperamos atingir secesso em nossa coleta, além de embasar com fontes documentais sobre a origem da História da Educação Física na cidade. Uma outra saída para a pesquisa, caso esses procedimento falhem, é ir buscar não a origem da Educação Física, mas das práticas corporais populares da cidade. Busca que exigiria inserção de nossa parte, em meio a cultural popular dos cidadãos.
Discentes: Elaine Marques.
Daiane Marques.
Rogério C. Borges.
Leandro Oliveira.
Washington Braz.
Ricardo Barreto.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Plano e Relatório preliminar do desenvolvimento da pesquisa sobre a História da Educação Física em Muritiba.

Até o presente momento não conseguimos adquirir conhecimentos concretos de como e quanto foi implantada a disciplina de Educação Física no município de Muritiba, visto que não foram encontrados registros em nenhuma das escolas públicas e particulares da cidade. Assim, por causa de tais dificuldades, passamos a vislumbrar outros meios para alcançar os objetivos básicos de nossa pesquisa.
Objetivos Orientadores
1 investigar os arquivos de registros na Secretaria de Educação, escolas e academias;
2 Procurar profissionais da área ou não, que tenham colaborado ou vivenciado a prática da Educação Física;
3 Entrevistar a população mais antiga da cidade que pode se constituídas por ex-alunos e ex-prefessores;
4 Buscar junto ao Tiro de Guerra do Exército brasileiro, pois há informações, ainda vagas, de eram os militares que lecionavam a disciplina;
5 Procurar em cidades vizinhas antigos professores e também alunos que fizeram parte dessa história.
6 Investgar dados sobre o tema em jornais e revistas.
Conclusão temporária
Conforma as informações que venhamos a adquirir no decorrer da pesquisa, poderemos er uma visão mais ampla de como acontecia e como era aceita pela população a prática da Educação Física. Mesmo que não consigamos saber exatamente quando surgiu nossa prática em Muritiba, poderemos recorrer à invstigação de alguma história recente sobre o tema. Além de que, temos também com objetivo deste trabalho, deixar registrado o máximo de informações possíveis, para que futuros da área possam tomar como ponto de partida para uma nova pesquisa.
Discentes: Ana Tereza Alvez.
Hebert Magalhães.
Ramon Lordelo.
Valéria Magalhães.

História da Educação Física em Conceição do Almeida

Começamos nosso trabalho pesquisando os arquivos públicos da cidade. Fomos à Biblioteca Municipal e na Prefeitura acreditando serem estes os lugares institucionais mais certos. Contudo, não tivemos muito sucesso. Nada foi encontrado, pois a Biblioteca da cidade está fechada e na Prefeitura não consta pastas ou arquivos contendo registros de nossa temática. Diante das dificuldades, tivemos de entrar em contato com professores no intuito conseguirmos pistas acerca de onde e quando a Educação Física fixou suas raizes em Conceição do Almeida. Tivemos de ir também aos colégios mais antigos em busca de registros de alunos e professores antigos na cidade. Contudo, obtivemos mesmo mais resultados com um professor que por muitos anos lecionou a Educação Física no colégio mais antigo da cidade. Conta o professor que muitos companheiros docentes de sua época de atividade profissional, eram provenientes de otras cidades, mas que lecionavam na cidade. Outra confirmação é que a Educação Física consistia em atividades físicas como: futebol, basquete e volei para homens, baleado e volei para mulheres. Sobre isso justifica que não havia na época muitas variações nas atividades a serem desenvolvidas. Tendo essas informações como solo básico de nossos futuros avanços, encerremos aqui nosso relatório preliminar.
Discentes: Fernando Teixeira Brito Neto.
Luanda Santos da Silva.
Maurício Borges.

Relatório sobre o andamento da pesquisa na cidade de Cachoeira

Começamos nossa trajetória visitando a Casa de Cultura da cidade, onde fomos informados que não havia registros das primeiras aulas de Educação Física na cidade. Porém, nos informaram da possibilidade de encontrarmos algumas informações no chamado "arquivo morto" da cidade. Entretanto, chegando lá em busca de dados, alguns funcionários disseram que desconheciam qualquer notícia sobre o assunto. O próximo passou nos levou à Prefeitura de Cachoeira, onde também nada encontramos. Diante dessa conjectura, decidimos mudar nossa rota de pesquisa radicalmente. Deixamos a Educação Física propriamente dita de lado, e fomos em busca de histórias sobre as práticas corporais da cidade. Assim, encotramos: o samba de roda, que é uma manifestação popular muito antiga na lugar. Sua característica principal é ser constituiída por mulheres que em dia de festa se vestem de baianas: vestidos longos e brancos rodados com rendas. A capoeira é outra prática muito antiga na cidade, só que leva mais comumente o nome de maculelê, cujo principal instrumento de o facão. Diante desse quadro, visamos prosseguir nosso trabalho de pesquisa, tentando encontrar os professores mais antigos da cidade, através de informações colhidas nas escolas fundamentais e médias.
Discentes: Dalyane Luzia.
Marcelo Henrique.
Adison Santos de Pinho.

Primeiros passos da História da Educação Física em Cruz das Almas

Na busca por arquivos e relatos sobre as primeiras práticas corporais na Cidade de Cruz das Almas tentamos colher informações e acontecimentos históricos, mas nada encontramos. A equipe foi dividida para fazer a busca em lugares que poderíamos encontrar alguns dados relevantes. Então fomos ao Colégio Estadual Alberto Torres (CEAT), o colégio mais antigo da cidade, para entevistar a secretária, a senhora Jurene Fias. Elas nos informoiu que não havia documentos arquivados que pudessem tratar das primeiras práticas corporais da cidade, orientadas pela Educação Física escolar. Em seguida fomos à Prefeitura, onde não obtemos informação alguma sobre o assunto. Diante disso, seguimos a instrução do professor/orientador para buscarmos informações com as pessoas mais antigas da cidade. Entrevistamos o sr. José Cordeiro, residente no Bairro da Assembléia. Perguntamos se possuía algum relato sobre as primeiras práticas corporais. Disse que nada sabia. Contudo, relatou sobre os jogos de futebol que sempre aconteceram, as rodas de capoeira onde presenciava seu pai jogar. Sendo assim, em se tratando dos primeiros passos da pesquisa, nossa busca continua em movimento.
Discentes: Rafael Pereira.
Nailton Cordeiro.
Fábio Ferreira.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Estudo da história das primeiras práticas corporais na cidade de Governador Mangabeira

Apresentação
A disciplina História da Educação Física nos apresentou a importância do desenvolvimento das atividades físicas e do estudo das práticas corporais levando ao desenvolvimento do esporte. Através dessa idéia, fomos impulsionados ao estudo da primeira atividade corporal na cidade de Governador Mangabeira, onde já encontramos algumas atividades e práticas esportivas desenvolvidas na mesma: capoeira, futsal, futebol, karatê, voley, cavalgada, motocross, ciclismo, corrida entre outros.

Tema
As primeiras práticas corporais desenvolvidas na cidade de Governador Mangabeira.

Objetivos
Esta pesquisa tem como objetivo principal o resgate histórico-cultural das práticas corporais desenvolvidas na cidade de Governador Mangabeira. Temos ainda como objetivo periférico, incentivar pessoas de toda região, buscar e conhecer a atividade corporal que fora desenvolvida em suas cidades.

Objetivos específicos
1 Amplicar o conhecimento dos estudantes;
2 Mostrar a importância das práticas corporais e seus desenvolvimentos;
3 Compreender a sistemática das práticas corporais em relação ao desenvolvimento do esporte;
4 Conhecer demais aspectos da cultura da cidade que direta ou indiretamente estão relacionados às práticas corporais;
5 Introduzir os sujeitos a uma sociedade, através do desenvolvimento das práticas corporais.

Resultados
Continuamos em fase de elaboração. Já encontramos alguns materiais em arquivos públicos da cidade, bem como adquirimos algumas informações com a pessoa mais antiga da cidade. Sendo assim, a partir disso desenvolveremos mais materiais e conteúdos para análise.
Discentes: Anatália Sales Pinto.
Fernanda Sousa Reis.
Rita de Cássia Moreira.
Wagner Batista.

História da Educação Física em Cruz das Almas: Relatório sobre o andamento do trabalho

Encontramos dificuldades para adquirir conhecimento sobre o assunto. Porém,vislumbramos a saída de nosso trabalho pesquisar fontes nos colégios da cidade, além de entrarmos em contado com as pessoas mais antigas da cidade que tenham conhecimento da temática. Um de nossos entrevistados é a senhora Vilma França que estudou no CEAT e depois passou a ensinar, é formada em magistério, e fez vários cursos específicos para atuar na área de educação física. Ela nos relatou que entre a década de 40 e 60 esta matéria era lecionada pelos militares do Tiro de Guerra. Com isso os alunos eram obrigados a freqüentar a aula de educação física, pois a sua aprovação dependia disto, sendo liberado apenas aqueles alunos que possuíam atestado médico. Enfim, estamos a procura de mais conteúdos sobre a história da educação física em Cruz das Almas, nosso próximo passo é procurar informações no Colégio Cruz das Almas, com o professor mais antigo.
Discentes: Isabelle Rocha.
Juliana Moraes.
Tarcísio Chagas.
Elisangela.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Quando Surgiu a Educação Física em Cruz das Almas - Relatando os primeiros passos.

Estamos em campo em busca das informações para a execução deste trabalho, mas até agora apesar dos esforços e busca incansável nos Órgãos Estaduais e Municipais como, Colégios, Grêmios Recreativos e Prefeitura Municipal, nenhum desses Órgãos possuem as informações necessárias para odesenvolvimento e a conclusão do projeto. Tivemos uma entrevista com o Sr. João Lordêlo, Chefe do Departamento De Esporte e Lazer. Nos informou que também não possui esses dados e sugeriu que procurássemos as fontes, as quais nós já havíamos buscado antes, sem nenhum sucesso. Na oportunidade o Sr. João nos passou um documento informando o número de praças de esportes, quadras poli esportivas, campos de futebol públicos e privados nas zonas rurais e urbanas de nosso município. Através de informação de uma pessoa que mora em Cruz das Almas desdede 1940, havia um senhor na Rua Alto do Rolete, hoje Luiz Vargas Leal, que fazia brincadeiras com as crianças todos os finais de semana. As brincadeiras sempre em busca de melhorar as condições físicas das crianças: corridas, subir no pau de sebo, jogar futebol e cabra cega etc. As brincadeiras não faziam distinção de gênero. Todos podiam participar. Diante desses dados ainda elementares, surgiram novas possibilidades de fontes. A última dela é tivemos uma informação sobre um Capitão do Corpo de Bombeiros que ensinou Educação Física no Colégio Estadual Alberto Torres (CEAT), o primeiro Colégio da cidade de Cruz das Almas. Esperamos ainca encontrar mais informações mesmo que sejam básicas e insipientes, mas que nos dê subsídios para concluir nossa pesquisa.
Discente: Luiz Carlos Barbosa Souza.

Fontes historiográficas da Educação Física

Para desenvolver essa temática, temos de primeiramente esclarecer a diferença entre História e historiografia, pois a partir desse passo somos convocados a diferenciar a realidade da realidade histórica. De modo que, a História em sua tradição moderna e científica mais fortemente iniciada no século XVIII com o Iluminismo e a Revolução Francesa, sustentou sua prática investigativa segundo a ascepção de que o historiador seria capaz de viajar através do tempo com o fim de presenciar os acontecimentos por meio de documentos: textos, utensílios, gravuras, desenhos, pinturas. E assim retratar ou transportar em palavras toda complexidade cultural, artística, social, política, econômica, espiritual, corporal do passado para o presente de modo fiel, objetivo e sem deturpações. Dessa crença nasce a História - com "H" maiúsculo -, como sustentando o ideal de ela própria ser o retrato escrito da verdade factual passada. Todavia, essa idéia de inexorável fidelidade entre os fatos do passado e os escritos da História - Geral - Factual, foi sendo questionada paulatinamente. Os textos da Hitória deixam de ser encarados como "fotografias" do acontecimento passado, para ocuparem o lugar de estudos aproximativos. O historiador não mais se assume como o porta-vóz oficial do passado, a fim de ocupar uma posição mais humilde perante os mistérios da história. Isso muito resultou porque muitos estudiosos foram percebendo que todo escrito da História carregava fortemente o ponto de vista subjetivo do historiador ou das linhas de pesquisa na história. Dessa forma, foi sendo possível assumir que o historiador ou os grupos de historiadores estavam como qualquer outro, envolvidos com os componentes culturais, sociais, artísticos, políticos, educacionais e econômicos do presente de cada um. Assim, principalmente no século XX, a História passou a ser desvendada e analisada como sendo um conjunto de textos de história escritos guiados por seus váriados modos de serem narrados a depender do universo temporal e espacial de cada autor. De tal modo, a noção de divisões temporais bem demarcadas entre as épocas passadas e o próprio presente onde e quanto se narra o passado, começa a se desfazer. Na verdade, na escrita da História, tempos e lugares passados e tempos e lugares presentes se misturam: suas características se confundem, pois quem escreve sobre o passado sempre acaba colocando sentimentos e sentidos do presente. Por exemplo, em linhas bem gerais, se algum de nossos leitores experimentar contar uma história de sua vida em um dia presente de muita alegria, será possível identificar como esse estado emocional influenciará fortemente em sua narrativa. Mais ainda, para o experimento ficar ainda mais atrativo e comprobatório dessa nossa hipótese, tente narrar a mesma história em um dia presente que o leitor esteja muito triste ou com sentimento de raiva. Feito isso, tente verificar as diferenças. Com efeito, encarando esse fenômeno de maneira mais estrita, acadêmica e historicamente, muitos historiadores do séculos XVIII e XIX que se diziam extremamente científicos, não perceberam que eles próprios estava envolvidos com o movimento filosófico do Romantismo. Assim, por exemplo, as grandes narrativas históricas que retratam os chamados hérois do passado como reis, soldados, guerreiros, revolucionários, pensadores etc., de maneira espetacular, sofreram muita influências das literaturas trágicas e românticas. Bem como o estilo irônico ou comédia. Enfim, foi dessa forma que a chamada História Científica foi se transformando em historiografia. Esta, também científica, se diferenciava da visão megalomaníaca, pois passou a considerar que a História nunca passou de um volumoso agrupamento de textos sobre o passado. E que, portanto, tais textos também deveriam ser analisados com caltela, já que também possuem seus eganos e embaraços aproximativos. Algo que, doravante, direcionou a historiografia ao estudo de histórias particulares, concebendo o mundo humano como que constituído por pequenas histórias: história da música, história da arte, história das crianças, história das mulheres, história dos professores, história da ciência, história das religiões, história da loucura, história oral, história de comunidades, história de pessoas... e história da educação física. Sobre essa última a qual é o fundamento central de nosso trabalho, também não podemos encará-la de modo geral e absoluto como se existisse apenas UMA história da educação física. Existem várias... e a partir desse fato é que podemos discutir a questão das fontes hitorigráficas da educação física, título desta publicação. Todavia, antes de falar especificamente da temática central, há que se percorrer algumas definições - histórias - conceituais que a determinam. Começando pela famosa pergunta: O que é Educação Física? Diante dessa questão gramaticalmente tão objetiva, mas praxeológicamente tão complexa, peço ao leitor um exercício de paciência; contando antes com duas notas sobre ela, a paciência, que também parcipa de tudo que é do corpo e consequentemente da Educação Física. O dicionário Aurélio nos oferece o segundo sentido sobre a palavra: 2. Virtude que consiste em suportar as dores, incômodos, infortúnios, etc., sem queixas e com resignação. Ora, para quem acreditava ser a paciência algo estritamente espiritual e mental, se enganou. Portanto, pense bem nas palavras do Aurélio. Nessa vida, onde estão localizados e sentidos os sentimentos de dor, incômodo, infortúnio? Ou ainda, de quem o espírito depende para realizar uma tarefa com resignação? Vemos então a figura do corpo emergir à nossa frente. Vemos então novamente a figura do Pensador de Rodin (à direita) contrair toda sua musculatura durante o exercício do pensar. Dessa maneira, fixemos nosso olhar sobre a mencionada imagem, e acompanhemos esse ato escópico com a percepção de nosso próprio corpo em movimento de pensar. Nosso corpo se mexe, arrepia, contorce, contrai, diz não, diz sim! Balança a cabeça junto à dúvida que em nós surge. Portanto, o exercício da paciência é um enorme exercício físico para o corpo. Para quem ainda duvidar, reflitam sobre por que é tão difícil ter paciência. Ou ainda, por que é tão dificil fazer com que nossos alunos tenham paciência para ouvir nossas palavras? Ou ainda, por que é tão dificil sustentar o corpo em uma leitura atenta e compenetrada? Ora, a paciência depende do corpo, e se este não se dispor a tal tarefa tal como O Pensador de Rodin se dispôs à eternidade do pensar, não há pensamento paciente, atento e reflexivo. Portanto, sigamos em frente! O que é Educação Física? Antes de mais nada, essa pergunta não sugere apenas as reflexões sobre o que nós, professores de educação física, fazemos. Epistemologicamente, ele impele a definição do objeto de estudo da História da Educação Física, pois é necessário saber o que é isso para empreender um exercício histórico. Para tanto, é necessário pensar sobre o nascimento do termo, que remonta às filosofias de John Loocke, Rousseau, Kant. Estes, longe de conceberem a educação do físico como uma disciplina, encaravam-na como uma necessidade da pedagogia enquanto disciplina da doutrina das ações humanas investidas pelos controles mentais/conceituais/culturais. Logo, tratava-se mais de um controle corporal relacionado à moral, do que uma possível exploraçào das possibilidades da corporeidade, tal como vemos os estudos multi e interdisciplinares da Educação Física abrangerem suas reflexões a ações. Mas, foi tomando a filosofia como base, que as teorias da ginástica e do esporte enquanto mediações da moral filosófica moderna forjaram aos poucos o conceito de disciplinar da Educação Física entre os séculos XVIII e XIX. Grosso modo, a Educação Física nasce da transfiguração das práticas circences e dos jogos populares, para a ginástica científica e o esporte inglês, respectivamente. Portanto, a História da Educação Física é eminentemente moderna, tomada como um movimento de disciplinação das práticas corporais tradicionais conforme os intentos da Modernidade industrial, urbana e escolar.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Educação Física e Pesquisa Historiográfica: aula introdutória.

Há muitos anos que no campo da Educação Física brasileira tornou-se muito difícil falar e estudar outras coisas que não sejam músculos, nervos, tendões, inserções, aponeuroses... força, resistência, potência e velocidade... exercício físico e esporte... Contudo, há muitos anos que a Educação Física vem sendo também constituída por um corpo de estudiosos e intelectuais que abordam o campo de outros prismas sociais, culturais, científicos e filosóficos. Disciplinas como filosofia, epistemologia, ciências sociais, psicologia, psicanálise, história, literatura sempre atuaram forte e efetivamente no interior das tramas pedagógicas e políticas da Educação Física. Em um dos livros clássicos de nossa área Educação física, recreação e jogos, que data de 1958, Inezil Penna Marinho aborda inúmeras temáticas onde nossa disciplina está teórica e praticamente implicada: atividades naturais, ginástica, jogos, brinquedos, folclore, gincana, música, cinema, teatro, doença mental, valor social, economia, psicologia, sociologia, filosofia, pedagogia são assuntos desenvolvidos pelo autor. Com efeito, é possível perceber na prática, que o desenvolvimento de outras áreas no campo da Educação Física vem ocorrendo de maneira restrita ou regionalizada à alguns grupos acadêmicos. A grande mídia quase nunca noticia trabalhos multi, inter e transdisplinares de nossa área. Restringem-se a associar nossos professores a atividades como musculação, alterofilismo, treinamento de atletas etc. Atualmente existem variados exemplos de professores pré-escolares, fundamentais, médios e universitários que sem muita visibilidade midiática, trabalham sob outras perspectivas. A profa. Dra. Iara Maria de Carvalho, antiga professora da Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR - e hoje professora da Universidade de São Paulo - USP, dedica se trabalho ao estudo da atividade física relacionadas às concepções de corpo e saúde na atualidade, tendo como referencial teórico as ciências humanas, a filosofia, as ciências sociais e a história. Em entrevista a Revista Digital Espaço Aberto (http://www.usp.br/espacoaberto/) a professora responde algumas questões realizadas pelo reporter Gabriel Attuy. O tema geral da entrevista foi justamente a relação da Educação Física com outras áreas do conhecimento, retratada pela trajetória profissional da Profa. Iara Maria de Carvalho, que em uma passagem declara:
"Enquanto fazia o curso de graduação, estudei disciplinas de outras áreas, filosofia, história da ciência, ciências políticas, matérias da educação. Até que fui cair na saúdecoletiva, que era um curso de especialização na Unicamp com enfoque na área de humanas", conta Yara. "Eu consegui agregar diferentes áreas fundadas numa mesma linguagem científica."
A professora ainda comenta um caso que aconteceu com ela, onde estava envolvido o fato de não ser muito comum as pessoas imaginarem o professor de educação como um profissional que necessita estudar e produzir filosofica, sociológica e antropologicamente. Citação:
"Já aconteceu comigo. Uma ocasião em que viram um livro meu e me disseram: 'nossa Yara, não sabia que você escrevia'. E eu disse: 'Sim, escrevo, sei falar e sei ler'. A idéia que as pessoas têm da gente é que temos uma dificuldade em nos expressar, mas nós temos de mudar isso."
Sobre isso, é fácil recorrer à prática cotidiana dos cursos de Educação Física onde muitos iniciados - alunos de primeiro semestre - ficam surpresos quando consta na grade curricular disciplinas como filosofia, história, sociologia. Sendo neste ponto que desejamos nos deter para os fins deste blog. No caso de nossa displina - História da Educação Física - a qual este blog está atrelado, ela é colocada como uma matéria puramente teóricas, já que está localizada em um curso superior que carrega o pressuposto da realização de trabalhos puramente corporais: esportes, atividades físicas, treinamentos. Atentando a esse aspecto podemos formular dois questionamento. O primeiro, mais freqüentemente citado, é que as disciplinas das ciências humanas presentes em nossas grades curriculares se justifica por causa das matérias do corpo não estarem separados das matérias da mente, propondo assim uma união entre um e outro através do diálogo entre a teorização do corpo e a prática da teorização. Já a segunda altercação tenta demonstrar que as chamadas disciplinas teóricas no espaço da Educação Física não servem apenas para dar aparato acadêmico, metodológico e epistemológico às disciplinas que operam com a aplicação da teoria. Quais sejam: o treinamento, a modelagem corporal, o esporte. Mesmo por que, essa parte é mais bem aplicada aos estudos da anatomia, fisiologia, biomecânica, que visam diretamento o desenpenho físico-corporal. Assim nos perguntamos: qual é a aplicação prática do estudos filósoficos, históricos, sociológicos, atropológicos no contexto empirico das aulas de educação física? De modo mais direto: em que contribui essas disciplinas chamadas de puramente teóricas, por exemplo, no aumento do diâmetro de bíceps dos alterofilistas? Pois bem, trata-se de uma pergunta que não se tem resposta pautada na lógica da causa que promove um efeito diretamente. Todavia, oferecemos uma saída prática a tais matérias teóricas. Qual? Exercer sua própria prática no contexto atual da Educãção Física. Mais detidamente, a displina que está promendo este blog vem trabalhando no sentido de despertar a possibidade prática de se trabalhar com a historiografia da Educação Física. Em outros termos perguntamos: qual é a parte prática da disciplina História da Educação Física? Respondemos: Fazer história da Educação Física! Ou ainda: contribuir com a historiografia da Educação Física. Como? Pesquisando! Dizemos isso pois uma consideração é certa. Campos como como o da filosofia, sociologia, antropologia e história, nasceram justamente da prática investigativa dos fenômenos cotidianos dos seres humanos, envolvido pela: sociedade, cultura, política, economia. Tudo isso no sentido de construir um entendimento acerca do fenômeno mais amplo que é a própria Educação Física. Não esgotando nossos argumentos por aqui, ponderamos que por esse caminho é possível pensar de maneira absolutamente estrita na prática do profissional com seus alunos, atletas, pacientes durante a estruturação as aulas em ginários, campos, academias. Como? Tentaremos responder exemplificando. Nós profissionais que já atuamos com a Educação Física em escolas, academias, clubes, comunidades em geral, de sol a sol, de vento a vento, areia, terra, cimento em meio a agitação de nossos alunos, sabemos que o trabalho não é fácil, pois nem sempres nossos alunos, atletas, pacientes estão dispostos a exercitarem nossas recomendações, outras tantas vezes eles não se interessam, algumas outras, eles não compreedem por não verem sentido. Nossa hipótese que sugere uma saída acerca de um entendimento dessas dificuldades, argumenta que na maior parte das vezes é necessário conhecer basicamente a comunidade com a qual vai se trabalhar no sentido de mapear seus desejos, intensões, interesses... Suas determinações. Trilhando por essa reflexão, podemos abordar disciplinas como História da Educação Física como sendo uma possibilidade conhecer melhor a cultura corporal de uma população: seus jogos, suas brincadeiras, seus ideais corporais, suas tradições. Visando melhor adaptar nossos planejamentos de aula, bem como produzir sentidos culturais para a prática de um atleta que irá representar um município, um estado, um país. Mais ainda, estudos dessa natureza, além de contribuirem como o próprio campo - a história, a sociologia etc. em si mesmas - podem também influenciar no entedimento da cultura alimentar, visual, oral, técnica e teconológica que determinam fortemente a escolha das atividades física preferidas de uma população. Disso, podemos adaptar, reproduzir, produzir e criar novos elementos na cultura corporal. Sendo assim, ainda que básicos, introdutórios e incipientes, os trabalhos produzidos pelos estudantes desta disciplina especificamente, constituem um começo que pode servir de exemplo e fonte de estudo dirigida às nossas mais variadas práticas.
Docente: Renato Izidoro da Silva.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Publicação Introdutória




A maioria das profissões modernas elegeram algum símbolo histórico para representar a origem filosófica, técnica e estética tanto de suas práticas quanto de suas bases teóricas. A Educação Física enquanto profissão propriamente moderna vem tentando consentir acerca de seu símbolo mais autêntico. Contudo, devido à natureza poliferencial dessa profissão, podemos encontrar indícios de sua prática e de sua teoria em inúmeras imagens da história cultural e social da humanidade. Quem sabe, esse conflito simbólico retrate mesmo que a Educação Física sofre as reflexões de seu objeto mor: o corpo em movimento. Do qual não é possível retirar o espírito, a alma, a mente, a ludicidade, o biológico, o mecânico, o químico, o sentimental, o perceptivo... e tantos outros aspectos que no momento estamos esquecendo. Com efeito, como publicação introdutória deste blog que tem como temática básica a história da educação física na Cidade de Cruz das Almas e sua Região, resolvemos lançar três imagens capazes de representar simbolicamente nossa profissão nos tempos atuais; seguido de um desafio dirigido aos nossos leitores: eleger algum imagem - imagem 4 - capaz levar à cena simbólica, a Educação Física em Cruz das Almas e Região.


Imagem 1 - Discóbulo: Estátua grega, esculpida por Mirón por volta de 440a.C. Ela tem o poder de representar elementos como o jogo, o esporte, a técnica, o corpo, a saúde, a mecânica... muito comuns em nossa prática cotidiana.

Imagem 2 - Anatomia: Muito conhecido, quadro que representa a anatomia do corpo humano, não sabemos seu título, autor nem data de produção. Mas, para nós importa a possibilidade dela representar forte elementos práticos e teóricos de nosso fazer: anatomia, corpo, dimensões, ciência, biologia, músculos, tendões, nervos, veias, artérias, cérebro, fisiologia, mecânica, ... são componentes que compõem nossa prática enquanto educadores físicos.

Imagem 3 - O Pensador: Estádua esculpida entre os anos de 1880 e 1922 por Auguste Rodin procura retratar um ser humano em inteso pensar introspectivo sobre si e o mundo. Essa imagem pode seduzir o interesse da Educação Física na medida em que a personagem demonstra um extremo vigor corporal por meio dos traços rusticamente definididos de seus músculos contraídos. Mais profundamente, a estátua questiona a comum idéia cartesiana que separa o corpo da mente, pois está evidente que a tarefa tensiva e reflexiva do ser em pensamento, evoca a concentração do humano em sua unidade.

imagem 4 - Os leitores que tiverem sugestões de alguma imagem/símbolo que represente a Educação Física em Cruz das Almas e Região; envie um e-mail com a imagem sugerida em anexo, contendo nome do autor, data e meio de produção da imagem. historia.famam.educacaofisica@gmail.com