quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Autobiografia

Eu nasci na década de 80, mais precisamente em 01 de fevereiro de 1987, no Hospital Português em Salvador. Até mesmo muito antes dessa época já haviam sido publicados muitos artigos sobre a Educação Física. Em 1986, por exemplo, tiveram edições em que se falava de Atletismo, Natação, Medicina Desportiva, entre outros assuntos demonstrando interesse e preocupação nesta área.
Após realizar movimentos intra-uterinos, aos cinco meses eu já estava exercitando um maior número de grupos musculares ao engatinhar, aperfeiçoando ainda mais aos oito meses quando comecei a andar, utilizando cada vez mais a energia dos alimentos ingeridos e manuseando brinquedos para o desenvolvimento e praticar atividades lúdicas. Em 1990, quando eu tinha três anos, publicou-se um artigo que tinha como título: “O treinamento físico e seus efeitos”, onde abordou a importância de uma prescrição adequada para cada indivíduo evitando-se lesões e até a morte, havendo destaque nos conceitos fundamentais do treinamento físico apontando o trabalho do médico e do professor de Educação Física para a utilização adequada desse treinamento, modificando importantes fatores de risco, como a obesidade, a hipertensão arterial e o sedentarismo. Neste mesmo ano iniciei as atividades escolares no maternal, aprendendo a socializar aguçando a criatividade e aperfeiçoando a aprendizagem. Durante os quatro e cinco anos, freqüentei o Jardim I e II, as atividades ficaram cada vez mais dinâmicas, utilizando fantasias feitas de cartolina e papel para comemorar datas importantes e simbólicas. Na escola, durante os recreios, as brincadeiras fluíam, principalmente no parquinho onde se encontravam casinhas para a realização de brincadeiras de faz-de-conta. Aos sete anos torci pelo Brasil na Copa do Mundo de Futebol de 1994, esta foi a segunda Copa após o meu nascimento, mas foi nesta em que eu estava incorporada na torcida com roupas caracterizadas e aprendendo a dar nome aos meus sentimentos e sensações como o orgulho pela nação, onde, este ano, jogando nos Estados unidos um total de 7 jogos com 5 vitórias, 2 empates e nenhuma derrota, vencendo a Copa e se tornando Tetra Campeão do Mundo. Em 1995 foi publicado uma pesquisa demonstrando que pessoas ativas e atletas não precisam de nutrientes adicionais acima dos obtidos em uma dieta balanceada, assim não comprometendo a saúde.
Durante as minhas férias de Janeiro em 1996, viajei para Caldas do Jorro, onde conheci a tão famosa água medicinal, rica em ferro e magnésio. O contato com a água nos da à sensação de que não vamos agüentar a temperatura, mas logo nos sentimos relaxados e começamos também a bebê-la. Nas férias de 1997 a caminhada foi longa, mas compensadora em Lençóis na Chapada Diamantina. Acompanhados de um guia, chegamos a um rio chamado Corrente, onde encontramos uma escorregadeira natural com 15 metros só de pedra, encontramos também uma gruta das areias coloridas. A viagem continuou passando em vários municípios e cidades até chegar-mos em Bom Jesus da Lapa, com mais caminhada e muita água para a hidratação, conhecendo a Igreja no interior de uma gruta, onde pelo lado de fora caminhava-mos até o topo da gruta. Uma atividade física integrada em um passeio, tornando-se mais “atraente”. Logo no ano seguinte foi publicado em um artigo “O papel da atividade física na manutenção da saúde de acordo com a fisiologia do envelhecimento” enfocando o sistema cardiopulmonar e neuromuscular do idoso. Neste mesmo ano enfocou-se em um alerta às academias que utilizam corpos de terceiros para faturamento, deixando de lado o bem estar e a saúde do corpo humano.
Aos doze anos quando estava na quinta série, participei de um torneio no Colégio Nossa Senhora da Conceição, onde se encontravam várias modalidades de jogos de competição. A minha turma ficou a apresentação do Handebol feminino e o futebol masculino, demonstrando bem a divisão de uma Educação Física tradicional, incentivando a competição, exclusão e a separação entre meninos e meninas. As atividades de Educação Física que tive neste colégio eram bem concentradas em aulas práticas. Sempre estava-mos na quadra treinando saques do Vôlei, entre outros esportes de rendimento.
No ano de 2000, aos treze anos, passei a estudar em uma escola pública. Permaneci neste colégio até concluir o ensino fundamental. Na sexta série, não tive aulas de Educação Física, mas quando passei para a sétima série, tive aulas práticas e teóricas, onde recordo que pesquisamos sobre os Jogos Olímpicos que naquela época ocorreu em Sidney na Austrália. Após a coleta de dados, cada grupo ficou responsável por algumas modalidades que eram praticadas, e passando nas salas de outras turmas para uma apresentação das mesmas. Nas aulas práticas, utilizava-se das brincadeiras e jogos tradicionais como o Baleado, conhecido também como Queimada. Já na oitava série, com um outro professor, não fizemos uso de pesquisas, mantendo-se as brincadeiras e jogos tradicionais e periodicamente fazia-mos alongamentos realizados dentro da sala de aula. Neste mesmo ano de 2002, aos quinze anos, iniciei minhas atividades na academia de ginástica. Nesta época ainda não tinha imaginado que carreira ia seguir ao prestar o vestibular. Entrei na academia por motivos estéticos e influência dos meus pais, pois, eles voltaram a freqüentá-la neste ano. Por motivo da minha pouca idade os instrutores me orientaram para realizar a atividade com pouca intensidade, pois me encontrava em fase de crescimento. Mas isso não impedia que me interessasse em saber o nome dos aparelhos e suas devidas funções. Eu ficava olhando um quadro onde demonstravam os músculos de todo o corpo humano com os seus respectivos nomes, aprendendo os principais músculos que eu gostaria de tonificar. Apesar desse meu interesse, não tinha atentado para uma decisão importante da minha carreira, levando-os assim como uma simples curiosidade. Ocorrendo neste ano a Copa do Mundo de 2002 com várias novidades: Foi a primeira vez que dois países sediaram unidos o evento, a primeira vez que três seleções, França, Japão e Coréia do Sul estavam classificados automaticamente, e a primeira vez que uma edição da Copa não aconteceu na Europa ou nas Américas, e a melhor de todas elas foi que o Brasil tornou-se Campeão Mundial pela quinta vez.
Concluindo o ensino fundamental, passei para outro colégio com ensino médio, no ano de 2003 aos dezesseis anos de idade. Este ano foi muito especial para o esporte no Brasil. A começar pelo fato de ter sido criado um ministério para tratar exclusivamente desta área. Foi dado início à implantação de uma Política Nacional de Esporte, como mudanças conceituais de profundidade. Realizou-se também a 1ª Conferência Nacional do Esporte, um rico processo de debates que traça as linhas das políticas para o setor. Estas informações, conceitos e propostas podem ser úteis na tarefa de ajudar o Brasil, para melhor, através do esporte. Já, as minhas atividades físicas nos três anos que estudei neste Colégio de ensino médio, foram completamente tradicionais, com futebol para os meninos e vôlei para as meninas e quem não queria fazer a atividade ficava sentado olhando e muitas vezes conversando coma professora.
Ao completar 18 anos em 2005, passei as férias em Paulo Afonso, onde também a atividade física predominante, foi a caminhada para conhecer as usinas hidrelétricas. Com o mesmo esquema de Bom Jesus da Lapa, utilizando de muita água para hidratar. Em Paulo Afonso encontramos também uma ponte da divisa entre a Bahia e Alagoas com 100 metros de altura, onde é utilizada para a prática de Bang Jump, o qual estou ansiosa para fazê-lo.No ano seguinte, prestei vestibular pela segunda vez e permaneci em me inscrever em cursos que não me interessavam por não saber ainda que área quisesse seguir, mas no início de 2007, parei pensei bem no que iria fazer neste ano, buscando recordar de coisas que gostava e que sentia prazer de realizá-los, foi quando lembrei da época na academia e da minha fascinação em aprender os exercícios e da rápida compreensão dos mesmos. Recordei também da minha constante preocupação de ter uma alimentação saudável. Ao prestar, então, o primeiro vestibular para Educação Física na FAMAM, a ansiedade aumentava a cada dia, e quando o resultado foi positivo, pronto, nem parecia real. Comecei o preparativo para a mudança, e hoje e a cada dia confirmo que é isso mesmo o que quero e tenho orgulho em falar que sou uma futura profissional de educação Física.
Estudante: Bianca Pereira Almeida

Nenhum comentário: